Na Síria, 27 pessoas morreram em um duplo atentado a bomba. As explosões que levaram terror à capital, Damasco, foram em prédios do governo. A primeira explosão foi por volta das 7h30, hora local, e o alvo foi um edifício do Serviço Secreto em Damasco. Uma cortina de fumaça encobriu o lugar. Carros e vidraças foram destruídos e corpos ficaram espalhados pelo chão.

Pouco depois, uma nova explosão atingiu o prédio onde funciona o departamento de Polícia Criminal, também provocando estragos em casas e carros. Ao todo, 27 pessoas foram mortas e mais de cem ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde da Síria. Civis e militares estavam entre as vítimas.

Jornalistas que chegaram ao local para registrar a violência dos atentados acabaram testemunhando uma troca de tiros entre forças de segurança do governo e homens armados.
Até agora, ninguém assumiu a responsabilidade pelos atentados. Alguns moradores acusam estrangeiros pelos ataques. A TV estatal culpou grupos terroristas, que estariam tentando desestabilizar o regime do presidente Bashar al-Assad. Opositores dizem que o governo pode estar por trás da violência, já que estaria tentando abalar a confiança da população nos grupos que lutam contra o regime.

Desde que começaram os protestos, há pouco mais de um ano, 8 mil pessoas foram mortas na Síria, segundo as Nações Unidas. Os números da violência não param de crescer, embora seja cada vez mais difícil checar as informações sobre o conflito. O regime de Bashar al-Assad tenta vencer também a guerra da informação, impedindo que jornalistas independentes divukguem o que de fato acontece no país.