Onça de zoológico realiza exame de tomografia computadorizada em 3D

09/05/2012 15:26

Onça de zoológico realiza exame de tomografia computadorizada em 3D

Ela foi retirada do zoológico no início da manhã desta quarta-feira (9).
Animal se chama Vivi e precisou ser anestesiada para o procedimento.

 

Do G1 BA, com informações da TV Bahia

 

 

Uma onça do zoológico de Salvador, situado no bairro de Ondina, precisou fazer exame de tomografia computadorizado em 3D na manhã desta quarta-feira (9) no hospital veterinário da cidade, único no país que que possui o aparelho.

Feroz, a onça tem três anos de idade, é da espécie "Pantera Onca", ameaçada de extinção, e se chama Vivi. Ela nasceu no zoológico de Salvador e já tem um companheiro chamado Big. Os veterinários do zoológico precisaram adormecer o animal antes das 6h para prepará-lo para a primeira bateria de exames.

O veterinário Vinícius Dantas lançou um dardo com substância anestésica que faz o animal de 100 kg dormir para só depois realizar os primeiros procedimentos e o transporte até a unidade de saúde."O legal da anestesia é isso. Você pode prolongar o animal por muito mais tempo sendo monitorado ou ele pode ser retornar logo. Nesse caso, ela fica anestesiada até o procedimento da tomografia computadorizada", explica o médico veterinário Vinícus Dantas.

Antes de chegar à clínica, o próprio veterinário do zoológico fez os primeiros procedimentos. "Agora vamos começar a aferir valores, movimentos respiratórios, palpitação abnominal, para ver se não tem nenhum tipo de massa, se o fígado está bem", comenta.

 

No hospital, a estudante de veterinária Elaine Ferreira se surpreende com a companhia do dia. "Eu nunca tinha visto pertinho assim. É muito lindo", diz.

Durante a realização do exame, a onça Vivi parecia acordar, mas o sono profundo permitiu captar várias imagens vistas no computador em terceira dimensão. "É uma reconstrução em 3D do crânio. A gente pode ver com pele ou retirá-la e ver só a parte óssea", aponta uma das médicas. De volta ao zoológico, depois de 20 minutos, a onça permanecia adormecida. Para o veterinário, é um alívio. "Ela está aqui de volta e é isso que move a gente. Essa paixão de fazer mais pelo material genético", conta Vinícius Dantas.