Rio: objetos de vítimas são garimpados em escombros

28/01/2012 07:56

 

 Rio: objetos de vítimas são garimpados em escombros
28 de janeiro de 2012 • 06h05

Número de corpos encontrados entre os escombros chegou a 17 na madrugada deste sábado. Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil

Número de corpos encontrados entre os escombros chegou a 17 na madrugada deste sábado
Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil


 

A zona portuária do Rio de Janeiro, para onde estão sendo levados os escombros retirados do local do desabamento dos prédios no centra da cidade, tornou-se um local de garimpo de pertences de vítimas e frequentadores dos edifícios, devido ao pouco controle sobre o material depositado. Funcionários de empresas particulares responsáveis pela construção de um museu na região foram vistos vasculhando bolsas, álbuns de fotografias e peças de metal, entre outros materiais, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo deste sábado.

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A prefeitura carioca admitiu o problema e afirmou que irá identificar os responsáveis para que sejam punidos e prometeu reforçar a segurança em todos os locais para onde são levados os entulhos. De acordo com a prefeitura, o material ficará disponível para perícia. Até a madrugada deste sábado, 17 corpos já foram encontrados entre os escombros.

Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.