A advogada Dora Cavalcanti visitou o bicheiro Carlinhos Cachoeira no final da tarde desta quarta (18) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e disse que ele não tem noção da repercussão na sociedade do caso do qual é o pivô.
Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, acusado de chefiar um esquema de jogo ilegal em Goiás e de ter montado uma rede de corrupção que envolveria políticos e empresários. Dias depois da prisão, ele foi mandado para o presídio federal de segurança máxima de Mossoró. Nesta quarta, por autorização da Justiça, foi transferido para Brasília.
na entrada do presídio da Papuda, em Brasília
(Foto: Filipe Matoso/G1)
Segundo Dora Cavalcanti, Cachoeira "não está preocupado com a opinião pública, por enquanto" porque não tem a dimensão da repercussão do caso e porque pretende se dedicar à própria defesa. "Ele não tem a dimensão dos fatos", afirmou.
De acordo com a advogada, Cachoeira divide a cela na Papuda com mais duas pessoas. Segundo ela, o cliente, que perdeu a mãe na última segunda-feira, está muito abatido e emagreceu 16 quilos durante a prisão.
A advogada afirmou que a visita, que durou cerca de 40 minutos, foi "um encontro técnico". "Durante a visita, expliquei a ele como será o trabalho de defesa. Conversamos sobre as formas de rebater as acusações", declarou.
Para Dora Cavalcanti, a prisão de Cachoeira é "desnecessária". Segundo ela, os trâmites que levaram à prisão são ilegais porque a Justiça goiana já tinha conhecimento dos fatos há um ano.
Segundo ela, o trabalho da defesa vai começar efetivamente agora, com a transferência do cliente para a prisão em Brasília.
"As atitudes de defesa começam a partir de agora. Para nós, o marco zero é agora", declarou.