Número de mortos na Bahia sobe para 93

07/02/2012 10:15

 

salvador greve

O número de mortos na Bahia causado pela onda de violência após a greve da Polícia Militar subiu para 93 na manhã desta segunda-feira (6), segundo o último boletim divulgado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado. Só nesta segunda, foram registrados quatro homicídios. 

Os números são contabilizados desde o início da greve da Polícia Militar, no dia 1º de fevereiro. O recorde de homicídios ocorreu no dia 3, quando foram registradas 32 mortes no Estado. 

Nesta manhã, um ônibus escolar foi incendiado no centro industrial, em Salvador, durante a onda de violência por causa da greve. O coletivo seguia para Lauro de Freitas, na região metropolitana, com crianças e adolescentes, quando começou a pegar fogo. 

Todos deixaram o ônibus antes que a situação piorasse, mas ninguém ficou ferido. A onda de violência assusta os moradores da Bahia há sete dias. Os policiais grevistas estão acampados na Assembleia Legislativa do Estado e cerca de 1.000 homens do Exército cercam o local. 

No local, policiais militares grevistas acampam, junto de suas famílias, desde 31 de janeiro. O objetivo do Exército é cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local, para, então, desocupar o prédioa
Além do Exército, homens da Caatinga e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades. Segundo o tenente-coronel Cunha, ainda não há previsão de início para ação.

 

O abastecimento de energia elétrica do edifício foi cortado, por volta das 19h deste domingo (5), e as tropas federais fecharam o entorno da Assembleia, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército e helicópteros. A iluminação de alguns pontos do prédio e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados apenas em casos de emergência.

Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF), que chegaram a Salvador para cumprir os mandados de prisão, mas avisam que responderão a eventuais atos de violência com violência. 

Os grevistas não aceitam a proposta do governo, que é de 6,5% de aumento, retroativo ao salário de janeiro de 2012.