Representantes de entidades ambientalistas estão reunidos no Parque da Cidade, em Salvador, na manhã deste domingo (22), em apoio a uma ação nacional que apela pelo veto da presidente Dilma Rousseff, caso a versão atual do Código Florestal, através do projeto de lei 30/201, seja aprovada pela Câmara dos Deputados na terça-feira (24). A mobilização é nacional e acontece em 16 capitais do país, segundo a ONG WWF Brasil.
No local, ambientalistas de cerca de onze organizações da capital, com apoio da militância ecológica do interior do estado, que não pôde comparecer, distribuem folhetos e levantam cartazes com o intuito de informar e sensibilizar a população presente no parque a respeito do teor do Código atual. Também está prevista intervenção do grupo no show do cantor Zelito Miranda, que se apresenta no local esta manhã.
"Se a modificação do Código for aprovada, a sociedade civil organizada, que estará presente no Rio+20, se manifestará com uma posição reativa contra o governo brasileiro, em denúncia a organismos internacionais. Mas se a presidente vetar o Código, para que haja estudo de forma participativa, ouvindo formulações propositivas para questões ambientais, aí ela terá apoio. A postura da sociedade civil depende do veto", afirma Cláudio Mascarenhas, do Grupo de Recomposição Ambiental (Germen).
Mascarenhas afirma que as florestas são patrimônio nacional e precisam ser regidas de modo unificado, no sentido de preservá-las. Um dos pontos polêmicos denunciados no ato em Salvador, dentre os 21 alterados pelo relator do PL no fim do ano passado, aborda a preservação nas margens do rio, cujas normas seriam estabelecidas por cada estado, de acordo com as realidades regionais, ponto de discordância dos movimentos sociais.